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“El Ganador”: Netflix lança série que conta história de Nicky Jam. Vale a pena assistir?


Por Gabriel Iwood
Se você, assim como eu, começou a acompanhar o gênero entre 2005 e 2008, estava acostumado a ver Nicky Jam como um personagem da história do Reggaeton. Um cantor do passado, que não deu certo. Naquele então, ninguém imaginaria que dez anos depois a maior provedora de filmes e séries por streaming do mundo, a Netflix, contaria a sua trajetória em 13 episódios com 40 minutos cada.

Dirigida pelo conhecido diretor de vídeos musicais, Jessy Terrero, a série mostra a infância difícil do intérprete de “El Perdón”, sua ascensão ao lado de Daddy Yankee, a decadência causada pelos vícios, e o regresso triunfante na cena da música, desta vez, na Colômbia.

El Ganador” conquista o público do Reggaeton, especialmente, com participações de grandes nomes do gênero. A começar pelo protagonista: o cantor Darkiel, que interpreta Nicky dos anos 2000. Aparições como as de J BalvinDe La Ghetto, Tali Goya, Jon Z, Juhn “El All Star” e Miky Woodz colocam os fãs mais ainda na atmosfera dos princípios do Reggaeton em Porto Rico, período em que “Los Cangris” mais cresceram, e que transformou a vida do cantor. O destaque fica por conta de Ñengo Flow, quem convence, como ninguém, no papel de detento condenado à prisão perpétua. 

Apesar do roteiro não ser nada genial e as atuações serem bem regulares, algumas cenas não deixam a desejar a nenhum drama hollywoodiano. Uma das mais marcantes é o reencontro entre Nicky e sua mãe, pela primeira vez depois de adulto. Nesta, o cantor a encontra trabalhando como prostituta. Ela o confunde com um cliente, mas logo o filho se identifica. A atuação a seguir faz o público acreditar que Darkiel é ator de profissão.

Por outro lado, se tem um personagem que incomoda quem assiste é o de Daddy Yankee, interpretado pelo ator porto-riquenho José Arroyo. Todos sabem que o cantor tem fama de ser extremamente sério e disciplinado quando o assunto é música, porém na série ele chega a parecer bobo de tão caxias. A produção de elenco deve ter prezado por alguém que se assemelhasse com El Boss na aparência, porque a qualidade do ator é baixíssima. Nem mesmo os trejeitos nas cenas de palco parecem ser naturais.

A ausência na história de figuras como Rakim & Ken Y, dos poucos que gravaram com Nicky nos piores momentos, pode deixar o fã melhor informado um pouco chateado. Mais ainda a substituição de Ñejo, quem deu a mão ao cantor quando chegou à Colômbia, por um personagem chamado Alberto. É compreensível, uma vez que eles estiveram por muito tempo brigados, mas a representação de uma má companhia deve irritar o cantor e seus fãs.

Para quem teve o desprazer de ver “Muerte En El Paraiso” (2008), filme de Arcangel; “Mi vida” (2005), longa-metragem de Wisin & Yandel; ou até mesmo produções mais respeitáveis como “Talento Del Barrio” (2008), de Daddy Yankee; e “La Vida Del Filosofo” (2017), de Vico C, não terão do que reclamar de “El Ganador”. Não garanto que seus amigos funkeiros ou roqueiros vão adorar essa série, mas você certamente vai. O universo no qual ela se passa conta, mesmo sem querer, muito da história do gênero. Por exemplo, a influência dos produtores e empresários Raphy Pina e Alex Gárgolas no desenvolvimento do Reggaeton, e a atuação do próprio Nicky no ressurgimento do estilo na Colômbia. 

Em outras palavras, “El Ganador” é uma aula de Reggaeton para os novatos, e uma sessão nostalgia para os veteranos. Além de mostrar, de uma forma bem envolvente, tudo que Nicky Jam teve que passar para deixar de ser a piada do gênero em Porto Rico, para ser uma das maiores estrelas do país na atualidade.

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