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Quem é Wisin, o responsável pelo último sucesso de Anitta?

O porto-riquenho de 42 anos, que levou a “Patroa” mais uma vez ao topo do Itunes Brasil, produziu o primeiro álbum do CNCO e é considerado um dos pilares do Reggaeton.

Wisin / Via Instagram


Wisin não é um artista latino qualquer. Em mais de duas décadas de carreira, ele acumula sucessos e prêmios de deixar qualquer um de queixo caído. Diversas vezes laureado pelos prêmios Grammy, Latin Grammy e Billboard, “El Sobreviviente” - como é conhecido - é um dos responsáveis pela ascensão do reggaeton no mundo. 


Underground nos anos 1990


Nascido em Cayey, região montanhosa da ilha de Porto Rico, Juan Luis Morera Luna tomou gosto pela arte ainda na infância, quando costumava improvisar trovas. Em meados dos anos 1990, já na adolescência, Wisin (então conhecido como Tical) criou o grupo Boricua Selecta com outros quatro amigos. Inspirados no que estava rolando nas ruas de Porto Rico na época, os garotos cantavam Underground, uma espécie de pré-reggaeton que misturava elementos do Ragga, Dancehall e do Hip-Hop estadunidense. Uma curiosidade desse período é que um dos integrantes do grupo era Alexis, quem mais tarde fez sucesso ao lado de Fido e ficaram conhecidos como os Reis do Perreo.


Embora tivesse saído em alguns compilados de DJs, o Boricua Selecta não teve tanta relevância competindo com os já gigantes Daddy Yankee, Baby Rasta & Gringo e Vico C. Não demorou muito para Alexis se mudar aos Estados Unidos e o grupo acabar, mas não o sonho de Wisin


Enquanto isso, do outro lado de Cayey, outro grupo de Underground terminava: era o 3 To The Mic, que consistia de Fido (sim, o do Alexis & Fido), Eazy Boom e Yandel (na época conhecido como Nico). Quando o grupo acabou, Fido foi servir o exército estadunidense no Kosovo e Yandel montou sua barbearia, sempre esperando a oportunidade de voltar à música.


E ela chegou com Dj Raymond e seu álbum compilado “Reggaeton Shock 3”, de 1998. Foi a primeira vez que Wisin & Yandel se juntavam, graças ao produtor Yomi. A união despretensiosa funcionou tão bem naquele beat de Gangster Rap, que os artistas decidiram formar uma dupla. Já como Wisin & Yandel, em 1998 mesmo, participaram do álbum “No Fear 3”, de Dj Dicky.


O milênio do Reggaeton


O primeiro álbum, "Los Reyes Del Nuevo Milenio", só saiu em 2000. O CD contou com a participação da dupla Baby Rasta & Gringo e do rapper Tempo, artistas que viviam o auge do reggaeton underground em Porto Rico. Mas o maior hit foi "Gerla", canção que fez tanto sucesso na "Ilha do Encanto" que ganhou um remix, também presente no álbum. 


Daí em diante, foi um crescimento contínuo da dupla, que se firmou entre os grandes nomes do recém nascido Reggaeton, que fazia sucesso endêmico nas camadas sociais mais baixas de Porto Rico e outros países do Caribe e América Central. Nesse período, a dupla decidiu lançar produções solo: Yandel com “¿Quién Contra Mi?” (2003) e Wisin com “El Sobreviviente” (2004).


Com a internacionalização do gênero, em meados de 2005, veio também o boom da dupla, quase instantaneamente. Isso porque, naquela época, era comum que os artistas gravassem mais de um vídeo com uma mesma proposta. Eles eram filmados no mesmo local e, muitas vezes, no mesmo dia, além de serem lançados juntos. A colaboração deles com Daddy Yankee, “No Me Dejes Solo”, saiu grudada com o mega hit “Gasolina”, o maior divisor de águas do Reggaeton.


Aproveitando a hype conquistada com essa exposição toda, a dupla lançou “Pal’ Mundo”, produzido por Luny Tunes. O disco rendeu as primeiras indicações aos prêmios Grammy Latino e Latin Billboard. Os destaques ficam por conta de “Rakata” e “Pam Pam”, que teve seu videoclipe gravado na Cidade Maravilhosa.



Na mesma época, Luny Tunes convidou a dupla para participar da versão original de “Mayor Que Yo”, que conta com a presença de Daddy Yankee, Hector “El Father”, Tony Tun Tun e Baby Ranks. O resultado foi um dos maiores clássicos do Reggaeton e o início da era do Bachateo, a mistura de Reggaeton com Bachata.


Wisin, o empresário e o produtor


Wisin em estúdio / via Instagram

Os chanteos (parte de rap) agressivos de Wisin, junto às melodias pegajosas de Yandel, já estavam consagrados no mundo todo quando o artista decidiu dar mais um passo na carreira: se tornar um empresário na música. Segundo os próprios cantores e outras pessoas que trabalharam com eles, Wisin sempre foi o negociante da dupla. E ele levava jeito. Um sintoma disso são as colaborações internacionais com os artistas mais bombados da época, como 50 Cent, T-Pain, Chris Brown, JLo e muitos outros.


Mas o maior exemplo de como Wisin mandava bem nos negócios foi selo discográfico WY Records, em 2006. Nele, eram agenciados Franco “El Gorila”, Yomille Omar (na época El Tio), Jayko “El Prototipo”, Tony Dize, Gadiel, entre outros. O álbum de debut do selo foi “Los Vaqueros”, um sucesso indiscutível. A WY Records durou até 2011. 


No ano seguinte Wisin & Yandel se separaram, e “El Matatan” inaugurou seu novo selo, desta vez ao lado do produtor Hyde “El Verdadero Químico”: a Multimillo Records. Durante a recém iniciada carreira solista, Wisin voltou a fazer hits como “Escapate Conmigo” (1,3 bilhões no Youtube), com Ozuna; “Duele El Corazon”, com Enrique Iglesias; e até um featuring com o brasileiro Michel Teló


Recentemente, a Multimillo Records foi contratada para produzir um fenômeno da música latina: o CNCO. Comandando Hyde, O’Neill e Los Legendarios, Wisin demonstrou que além de um gênio do Reggaeton, como artista e empresário, ele também manda muito como produtor, no álbum de estreia da boyband, “Primera Cita” (2016).


Atualmente, Wisin é considerado uma lenda viva no Reggaeton, ao lado de grandes nomes como Daddy Yankee, Don Omar e Tego Calderon. Mas não por isso deixou de produzir seus próprios hits e descobrir talentos. Seu novo estúdio junto a Hyde e Los Legendarios, “La Base”, está desenvolvendo novos artistas, como Linares e Abdiel.  + OUÇA NOSSO PODCAST: PILARES DO REGGAETON - WISIN & YANDEL (PARTE 3)


Foi no álbum de apresentação desses artistas - “Los Legendarios” (2021) - que Wisin lançou a versão original de “Mi Niña”, ao lado de Myke Towers. A canção foi um fenômeno tão grande, que “El Sobreviviente” decidiu unir a América Latina com um remix bombástico, convocando o colombiano Maluma e a carioquíssima Anitta. Não teve jeito: topo das listas de mais tocados no streamings de dezenas de países! 


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