Artistas, gravadoras e outras empresas de entretenimento promovem #BlackoutTuesday para se posicionarem contra o racismo

Em virtude dos acontecimentos recentes nos Estados Unidos, em que o afro-americano George Floyd foi asfixiado até a morte por um policial branco, Derek Chauvin, em Minneapolis no estado de Minnesota, vários protestos impulsionados pelo movimento Black Lives Matter ganharam força no país e no mundo. Diversos artistas dos mais variados gêneros aderiram à causa, em forma de doações, manifestações nas redes sociais e até mesmo participando dos protestos que ocorreram em diversas cidades no último domingo, 31/05.

Agora é a vez da indústria fonográfica dar sua contribuição para a causa: foi anunciada uma paralisação geral nesta terça feira, 02/06. A ideia é suspender qualquer tipo de lançamento, divulgação ou promoção até o final da semana, em respeito e apoio à luta contra o racismo, bem como para exigir o fim da brutalidade policial contra a comunidade negra e justiça no caso de George Floyd, o estopim desse grande movimento que está ganhando visibilidade mundial.

A campanha, intitulada de Black Out Tuesday, foi encabeçada pela gigante Columbia Records, de propriedade da Sony Music Entertainment, e seguida pelas maiores gravadoras do mundo, como as americanas Capitol Music Group, Warner Records, Atlantic Records, entre várias outras. As hashtags utilizada na campanha #TheShowMustBePaused ("o show deve ser interrompido") e #BlackOutTuesday ("terça-feira do apagão") estão cada vez mais ganhando forças nas redes sociais e já figuram nos trending topics do Twitter.

Além das grandes gravadoras, selos independentes também se juntaram à causa, como é o caso da Rich Music, fundada em 2007, que possui em seu catálogo artistas como Justin Quiles, Sech e Dalex. Diversos aplicativos, como o Spotify, Apple Music e Youtube, anunciaram adesão e modificaram suas transmissões em solidariedade ao movimento. No gênero do Reggaeton, grandes estrelas como J Balvin, Becky G, Daddy Yankee, Natti Natasha e Ivy Queen se uniram e manifestaram seus posicionamentos nas redes sociais. Por fim, grandes empresas ligadas à música como a Billboard e o Grammy Awards também estão apoiando a iniciativa.