Paulo Londra está envolvido em processos judiciais, justo quando estava em seu melhor momento; entenda

A estrela argentina de trap em ascensão, Paulo Londra, está enfrentando uma disputa de contrato com a gravadora que ele co-fundou. O momento não poderia ser o pior para Paulo, que diz estar "vivendo o sonho com as pessoas erradas" e quer seguir em frente.

Em 5 de março, dois anos após o co-lançamento da gravadora Big Ligas com Londra, o empresário colombiano Cristian Salazar e o produtor Daniel Oviedo (Ovy OnThe Drums) entraram com uma ação contra o cantor e compositor acusando-o de quebra de contrato e dívida. Paulo Londra por sua vez, entrou com uma ação no dia seguinte, acusando Salazar e Oviedo de fraude e representação negligente.

Na raiz da disputa está um acordo que Londra assinou no início de sua carreira, quando tinha 19 anos, desistindo de seus direitos de publicação e composição em um acordo de "joint venture" (empreendimentos conjuntos) que ele co-fundou com Salazar e Oviedo. Agora, após alcançar um rápido sucesso, Londra alega que ele foi enganado em assinar o acordo que lançou Big Ligas, pensando que era apenas um "suporte" para uma filmagem dirigida por Salazar.

Salazar e Oviedo dizem que Londra está violando o contrato, uma vez que ele parou de entregar novas músicas, apesar de suas obrigações dentro do mesmo.

Antes de chegar à fama, Londra, agora com 22 anos, começou sua carreira como adolescente, fazendo rap em sua cidade natal Córdoba, Argentina. Conhecido por seus vídeos de freestyle no YouTube, Londra se destacou por ser um dos primeiros "defensores" do trap no país.

Seus números no YouTube chamaram a atenção de Salazar e Oviedo, que ele conheceu na Colômbia em 2017. Três meses depois eles criaram "Big Ligas", com os três listados como "membros únicos", com ações equivalentes a um terço.

Agora Londra alega que Salazar e Oviedo "fraudaram" e o enganaram para assinar o acordo com eles. De acordo com seu processo, Salazar apresentou a Londra um documento para assinar durante uma filmagem em fevereiro de 2018, anunciando a formação de Big Ligas. Londra afirma que assinou a papelada pensando que era um "suporte" para o vídeo, não um "contrato vinculativo".

"Eu me senti muito estúpido. Eu não tinha advogado, nem tempo para lê-lo completamente", diz Londra à Billboard. "Eu tinha 19 anos e não tinha idéia de como era a indústria da música. Confiei neles."

O prazo inicial era de três anos, mas se Big Ligas firmasse um contrato de gravação ou publicação com uma "gravadora maior" - isso modificaria o prazo inicial de três anos do contrato.

Durante o período do acordo, Big Ligas assinou um contrato de licenciamento de US $ 3 milhões com a Warner Music em janeiro de 2019 para o álbum "HomeRun" de Londra, segundo documentos.

Londra diz que, embora ele já estivesse "infeliz" com seu contrato com o Big Ligas, por não ter tido a oportunidade de lê-lo antes da gravação do vídeo, ele "não teve escolha" a não ser fechar o acordo com a Warner após o advogado de Big Ligas, Matt Greenberg, lhe enviar uma carta dizendo que, ao "violar" o acordo, Paulo estava "se expondo a enormes riscos financeiros e de carreira".

Londra está pedindo que o tribunal afirme que o acordo foi "adequadamente" encerrado. De acordo com a advogada de Londra, seu contrato com Big Ligas foi um contrato de três anos (fevereiro de 2018 a fevereiro de 2021), mas depois de entrar no acordo com a Warner, foi modificado para finalizar maio de 2020.

(O contrato declara que "se, durante o prazo, a 'joint venture' firmar um contrato de gravação exclusivo com uma "gravadora maior", você não terá o direito de rescindir o prazo e o prazo não expirará até os seis meses seguintes à expiração do 'prazo' desse contrato de gravação.")

"No final do dia, eu posso fazer música, mas ela nunca será lançada. Seria uma loucura eles não me deixarem fazer música e fazer o que eu amo. Essa é a única coisa que faço e o que faço bem." Para eles não me deixarem fazer música, é como se eles estivessem tirando sarro de mim. ”

Londra também está pedindo a dissolução de Big Ligas, depois que ele alega "Big Ligas tentou explorar a inexperiência e juventude de Londra para seu próprio benefício financeiro". De acordo com documentos legais, a batalha em andamento "causou grande incerteza a Londra e sua carreira na música".

"Eu dei a eles toda a minha vida", diz Londra. "Eu estava vivendo o sonho com as pessoas erradas."

Salazar e Oviedo negam veementemente as alegações de Londra, argumentando que Londra "desfrutou de benefícios significativos" sob seu acordo com a Big Ligas, incluindo um "contrato altamente lucrativo com a Warner Music pelo qual ele foi representado separadamente por advogados e pelo qual recebeu mais de um milhão de dólares e receita de turismo". Eles alegam que, apesar de seus "esforços exaustivos" e "consequente sucesso de Londra", o cantor e compositor começou a "andar devagar" em sua participação.

Salazar e Oviedo dizem que sua única intenção era ajudar Londra a crescer como artista. "Eu dei a ele o melhor de mim como produtor, para que ele pudesse ser um artista mais sólido", diz Oviedo, que produziu o álbum de Karol G, Ocean, e o hit "Tusa". "Tínhamos um vínculo forte e não entendo por que as coisas têm que ser assim".

A queixa também alega que Londra "recusou" fornecer à Big Ligas qualquer música recém-gravada desde maio de 2019 e que Big Ligas recebeu uma carta do advogado de Londra em dezembro, afirmando que o prazo do acordo "termina em 21 de maio de 2020, apesar de não ter citado nenhum contrato. disposição do contrato que apóie essa interpretação".

"Investimos muito tempo e dinheiro nesse projeto e demos muito amor", disse Salazar à Billboard. "Prometi a Londra que o levaria às principais ligas e fiz isso."

Salazar e Oviedo estão pedindo à Londra que pague danos compensatórios e conseqüentes superiores a US $ 1 milhão pela violação do negócio, incluindo lucros perdidos que "teriam sido ganhos se o contrato tivesse sido totalmente executado".

(Fonte: //billboard.com)