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Quem foi Lele "El Arma Secreta": A trágica história do compositor dos compositores


Nascido em Carolina, Porto Rico, no dia 17 de Setembro de 1986, Victor Alexis Rivera Santiago, mais conhecido como Lele "El Arma Secreta" foi um dos compositores mais exitosos da história do Reggaeton. Mas sua trajetória de sucessos foi interrompida brutalmente no dia primeiro de Julho de 2010, quando foi pego em uma emboscada. A polícia porto-riquenha encontrou cerca de 24 cápsulas de balas na cena do crime e o corpo do cantor apresentava marcas de tortura. Lele até hoje é lembrado como um dos artistas mais geniais do Reggaeton Malianteo e seu assassinato continua atraindo a curiosidade de fãs do mundo inteiro. 


Para entender melhor essa história, vamos a cidade de Carolina em Porto Rico, onde ele conheceu aquele que mudaria o rumo de sua vida para sempre: Héctor Delgado, mais conhecido como "El Father". Desde criança os artistas se conheciam e quando Hector começou sua carreira ao lado de Tito "El Bambino", Lele acompanhava de perto o sucesso do amigo. Não demorou muito para que Hector o convidasse para escrever algumas canções. As principais composições de Lele junto a Hector estão no álbum "The Bad Boy" lançado em 2006 sob o selo da Gold Star Music 



Ao contrário do que muitos pensam, a maior parte dos cantores do gênero não vivem só da música. Por exemplo Gringo, da dupla Baby Rasta & Gringo, tem uma clínica estética em Porto Rico, já Kendo Kaponi tem uma empresa de aluguel de carros e Jon Z tem uma pizzaria. Mas nem todos escolhem negócios tão saudáveis: existem muitos indícios de que a companhia de Hector "El Father", a Gold Star Music, conhecida por ter entre seus artistas Yomo, Trebol Clan, Karier e o próprio Lele, não se limitava a música. Em outras palavras, Hector tinha envolvimento com grandes traficantes porto-riquenhos da época, como o conhecido Buster, preso em 2009 e que é mencionado em diversas canções de Tempo, Hector e Don Omar.

  
Nesse período, Lele era parte do "Combo de los 70", um grupo de pessoas que comandava as ruas e as festas nas periferias de Porto Rico. O Combo, liderado por Hector "El Father", estava ligado ao crime organizado e chegava às casas noturnas em bando, com carros caros, joias e, muitas vezes, armados. O grupo era respeitado e odiado por onde passava, e foi inevitável que os integrantes colecionassem inimigos. Lele, obviamente, estava bem envolvido nos negócios da companhia e do Combo, por isso teve que adequar o seu modo vida ao estilo gangster. O cantor Yomo relatou que Lele chegava armado aos estúdios da Gold Star Music, e quando era repreendido pelo produtor Notty, ele respondia "Ninguém te liga falando que vão te matar!" 



 Com a situação se complicando cada vez mais em 2008, Hector decide se retirar da música e encerra os trabalhos da Gold Star Music. Essa decisão desagradou muito Lele que, naquele tempo já estava cantando, inclusive com seu amigo que o acompanharia nos palcos até a morte: Endo. Depois de sair da Gold Star Music, Lele trabalhou um tempo na companhia de Cosculluela, a Rottweilas Inc., de onde saiu depois de uma briga com Coscu. Foi então que criou sua própria gravadora junto ao parceiro Endo, a Secret Family, que existe até hoje. Foi de lá que saiu uma das obras primas do Malianteo: a escura e sangrenta "Noche De Halloween", que juntou, na versão Remix, O'Neill, Delirious, N-Slow e Mala Fama. 


Enquanto Hector se despedia da música para se converter ao cristianismo com a justificativa de que seria preso ou morto, Lele se envolvia cada vez mais com os problemas das ruas. A relação entre os artistas, que costumava ser quase familiar, se transformou em uma inimizade mortal. Lele ameaçou diversas vezes processar Hector por dívidas relativas a composições suas das quais não havia recebido o pagamento. Mas as ameaças não pararam por aí: Hector relata que muitas pessoas tentavam avisá-lo que Lele planejava assassiná-lo. Por sorte, antes de que o compositor falecesse os artistas fizeram as pazes em um encontro que Hector costuma narrar. 



"Lele chegou com um homem que eu sabia que era um louco, que eu sabia que era um assassino. Então a convicção que eu tinha de que ele não se atreveria a fazer nada, porque quando eu estava no mundo ele me respeitava, cai por terra quando eu vejo que ele está com um louco. Naquele momento que eles entraram na barbearia, eu estava orando para o Senhor que não acontecesse nada. Foi quando o Espírito Santo me disse: 'Dê a mão a ele e diga que Deus o abençoe". Quando eu disse aquilo, o homem que estava com ele (um assassino) estava cheio de colares e começou a tirar todos e a chorar. Assim que ele começou a chorar, Lele fez o mesmo. De repente aquelas pessoas que diziam que queriam me matar, estavam pedindo por favor que eu orasse por elas". 

A morte de Lele chocou Porto Rico e os fãs do Reggaeton pela brutalidade e os mistérios que até hoje rondam o assassinato. A polícia da ilha ainda não sabe quem cometeu o crime. Existem teorias que cantores do gênero estariam envolvidos, mas nunca apareceram evidências. Ainda assim, o nome de Lele é respeitado e se transformou em uma lenda no Reggaeton e na música urbana latina. Com o objetivo de eternizar a memória do amigo, Endo reuniu Delirious, N-Slow e Don Chezina. O resultado foi uma inesquecível homenagem que nos faz entender melhor quem foi Lele "El Arma Secreta", sem dúvidas o compositor dos compositores. 



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